
Acredito que todo mundo já está cansado de ouvir que a Matemática, Física, Química, etc., são Ciências Exatas. Pois é... Mas na verdade não são. De fato, de exatas elas têm muito pouco.
Todas as Ciências que lidam com números ou valores estão sujeitas a cometer erros quanto ao verdadeiro valor de uma variável ou constante. Desde a Antiguidade até a era dos computadores, valores sempre são calculados tendo como base um "valor hipotético" (ao qual queremos chegar) que é nada mais do que uma mera aproximação de seus "valores vizinhos" (anteriores ou consecutivos): ou por falta ou por excesso. E podem acreditar que exemplos não faltam:
- Probalidade: Talvez uma das ciências menos exata que existe - mas nem por isso menos confiável - ela sempre lida com valores aproximados e com margens de erro. Variâncias, desvios e intervalos de confiança são termos comuns na vida de um estátistico que tem sempre que lidas com valores que parecem ser exatos mas nunca são. Por exemplo: em uma pesquisa eleitoral, provavelmente os resultados terão mais diferenças entre si se escolhermos uma amostra (parcela da população) maior do que uma menor.
- Constantes: Pi, Phi, Número de Euler. Vc com certeza já ouviu falar desses caras mas nem se lembra de seus valores, né? O que vc apenas se recorda é que todas são constantes, ou seja, possuem um valor único em qualquer cálculo que realizarmos. Porém, não é bem assim. As constantes nada mais são do que valores aproximados que foram calculados á exaustão até que se percebeu que existia uma certa "constante" nessa grande gama de resultados. O número Pi, por exemplo, foi calculado - com uma razoável margem de erro - primeiro por Arquimedes, na Antiguidade. Somente hoje, através de computadores com sistemas de algoritmos avançados podemos calcular o valor de Pi com uma margem de erro muito menor e quase desprezível.
Se vc está lendo esse texto sentado em uma poltrona ou em cadeira, tudo isso está ocorrendo graças à diferença de massas e da força da gravidade terrestre - sujeita a uma constante "aproximada". Se o valor da constante graviticional fosse exatamente o mesmo para todo o universo, pode ter certeza que a própria existência do Cosmos teria sido "aproximadamente" muuuuiiiiittttoooo curta.
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