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segunda-feira, 7 de março de 2011

Tempo…

Tempo, tempo, tempo. Tempo é uma medida universal. Às vezes é escasso e às vezes demora para passar. O tempo é um ilusão – e sem poetismos: o conceito temporal não passa de uma invenção humana. Uma invenção criada talvez para nos situar no universo ou para nos afastar do esquecimento total.

tempo

E a pior coisa em relação ao tempo são as suas nuances ou, mais especificamente, suas divisões: passado, presente e futuro. Enquanto eu redijo esse texto estou no presente. Mas após um milionésimo de segundo, o que escrevi já se tornou passado. E, um milionésimo de segundo depois, o que eu escrever se tornará futuro. Parece fácil, mas não é. E fica ainda mais complicado quando começamos a pensar em viagens no tempo. Pode até parecer um tema ultrapassado, mas vale a pensa pensar. Mas, afinal, é ou não é possível viajar no tempo? Existem diversas teorias (acreditem, isso é o que não falta…), todas com seus devidos créditos. Porém, antes é necessário que compreendamos o tempo de outra maneira que não a casual. Vamos lá!


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Na imagem acima, vemos que o Tempo seria um processo que converteria possibilidades (linhas verrmelhas) em realidades (linhas azuis), deixando-as no Passado. É razoável supor que o Passado, uma vez consumado, não possa mais ser alterado (como acreditava Einstein), mas o Futuro é livremente aberto às possibilidades. Assim, existiriam diversas realidades paralelas, todas indeterminadas, sendo convertidas pelo efeito "Presente" (linha divisória verde), de, "Possibilidade de Futuro" para "Passado".

E aqui, já é importante frisar, essas possibilidades tem que ser INFINITAS! Ou seja, existiriam Infinitas realidades paralelas, Infinitos Passados consumados com todas as infinitas possibilidades.É exatamente neste contexto que poderíamos pensar em viagens no tempo para o passado, que inclusive alterassem eventos, mas que não causassem paradoxos (aqui poderíamos entrar no Paradoxo do Avô, mas é muito simples então deem uma olhada na Wikipedia). Pois qualquer alteração já estaria prevista em uma das infinitas linhas de possibilidades passadas, e assim, cada vez que um viajante do tempo o fizesse, estaria na verdade saltando para um universo paralelo. Ou poderíamos pensar também que tal universo só passasse a existir assim que a alteração fosse efetuada.O mais importante é que os eventos do presente original do viajante não seriam afetados.

Dar um tempo
Essa teoria abre possibilidade para qualquer tipo de viagem temporal, tornando qualquer possibilidade logicamente possível. É claro que ela acrescenta alguns aspectos perturbadores. A maioria das pessoas tem dificuldade em lidar com a ideia de uma infinitude de possibilidades, mas essa concepção, ou pelo menos a possibilidade de cada viagem ao passado gerar um universo paralelo totalmente novo, me parece a única forma de tornar as viagens para o passado racionalmente viáveis, pois para a Física moderna, somente seria possível viajar para o Futuro, nunca para o Passado.

Outra consequência seriam os infinitos "eus" paralelos coexistindo nessa multiplicidade de universos, algo um tanto perturbador. Uma possibilidade de atenuar a tensão desta idéia seria que na realidade tais universos não existissem previamente, mas que fossem gerados pelas viagens no tempo, passando então a serem independentes. Porém isso leva à questão de qual seria o resultado de diversas viagens constantemente gerando realidades paralelas. Poderia isso induzir a um tipo de perturbação em todos os universos? Em especial no original?

Séries atuais como Lost e Fringe, tratam sobre a ideia de universos pararelos. Porém, mesmo nas séries, uma concepção muito importante persiste sobre as viagens no tempo e entre os multiversos: é impossível alterar o futuro. Seja a qual multiverso ou realidade paralela esse “futuro” pertencer não poderia ser alterado. Isso ocorre simplesmente pelo fato de que se o viajante tenta realizar alguma alteração drástica em sua realidade original (ou em outra realidade qualquer), na verdade o que ele está fazendo é criar um caminho em direção à outra realidade (todas essas com destinos já previamente determinadados, assim a ideia de mudar o futuro ou o passado cai por terra…). Portanto, o viajante poderia continuar o processo de alterações temporais indefinidamente, sempre preservando a realideade de seu universo original e caminhando em direção a outros universos com seus processos temporais definidos e inalteráveis. O exemplo abaixo, pode tornar essa concepção um pouco mais simples de engolir:

Imagine que você está jantando com seus pais e eles estão lhe contando a estória de como se conheceram a 20 anos atrás em uma festa. Podendo viajar no tempo (através de algum processo desconhecido), você decide fazer uma experiência: vai voltar 20 anos no passado, exatamente na festa em que seus pais se conheceram e matará seu pai. Assim, por consequência, você não nascerá (que horrível! Mas, é pelo bem da ciência). Você volta e com um tiro certeiro, mata seu pai durante a festa. Antes que a situação complique, você volta para o seu tempo, 20 anos no futuro. Enquanto isso, no passado, ao assistir a morte brutal de um jovem rapaz durante uma festa, sua mãe decide se tornar freira e, alguns anos depois, em uma viagem até uma vila pobre da África, seu avião cai e ela morre (trágico, não?). Tudo parece certo, não?

Agora que seu pai e sua mãe estão mortos e você não nasceu, talvez toda essa estória pire de vez e o universo colapse sobre si mesmo, já que sem você essa estória nem teria começado, não é? Mas, para sua surpresa, ao voltar para o futuro, tudo está igual: a estória de seus pais e nem a sua mudaram! Mas, como isso é possível?

Universos paralelos
Universos paralelos: ao viajar no tempo e conseguir matar seu pai, você criou uma linha de tempo alternativa (outra realidade), onde sua mãe torna-se freira e morre e você não nasce. Porém, ao retornar ao futuro, como explicado anteriormente, sua realidade mantém-se preservada e inalterada.Puxa, isso parece um pouco determinista, não? Parece, mas não é. Enquanto o tempo parece um livro já escrito, onde todas nossas ações e reações já aparecem previamente determinadas, sempre podemos esbarrar em indicações. Indicações estas que podem nos levar a um final feliz ou a um final triste da nossa história. Nunca é possível pular capítulos, mas quando se termina o capítulo 1 não significa que temos que ler o capítulo 2: temos os capítulos 2.1, 2.2, 2.3, 2.4, 2.5, 2.6,… Basta escolhermos um.

Em suma, acredito que essa teoria pode se resumir da seguinte forma:
“Todos os caminhos do universo já foram traçados. Só lhe resta escolher qual deles irás trilhar.”

P.S: Para quem ainda ficou com várias pulgas atrás da orelha, vou reforçar esse assunto com as ideias das “11 dimensões” e do I3 . Mas isso é para um próximo post… Até mais! Será?

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